O terrorismo é o conflito do nosso século

O terrorismo é o conflito do nosso século

23:39 13/11/15

Por Didier Kornprost

O conflito Oriente contra Ocidente existe desde as Guerras Médicas retratadas pelo historiador grego Heródoto. Ele é, portanto, quase tão antigo como a nossa própria historia. Contudo o que acontece nos dias de hoje é um novo tipo de guerra, como já pudemos perceber. O inimigo já não é um alvo claro, e ele pode estar em qualquer parte, passando mesmo despercebido. Não é uma luta aberta, mas por meio de ataques à bomba, ou por via de sequestros e no fatal assassinato de pessoas inocentes, que são visadas sem trazer ameaça. Este é o terrorismo, novo tipo de ofensiva que ganhou força no século XXI.

É um conflito ideológico, que toma amplitude nos dias atuais, e foi como se os ataques do dia 11 de setembro de 2001 fossem o ponto desta divisão em direção a este novo tipo de guerra, aonde o inimigo permanece quase que invisível, e camuflado no meio da multidão, tornando difícil uma identificação eficaz e, portanto uma prevenção contra este tipo de afronta.

Os ataques da sexta-feira 13 de novembro em Paris são o maior exemplo atual, onde o Estado francês se sentiu impotente. Mais do que uma guerra ideológica, ela é também psicológica, sendo que um dos objetivos destes malfeitores sejao de causar pânico na população e criar a tal política do medo que já conhecemos em sua prática nos Estados Unidos pós os atentados ao WTC. Este é um método para o reforço de meios políticos mais centralizados, onde se vê a necessidade de um Estado forte causada pelo temor da população.

É possível que haja uma forte relação entre a onda de migração do mês passado em toda a Europa, e estes ataques múltiplos que ocorreram em Paris ontem. Já que muitas das pessoas vinham sem identificação, e, portanto, uma possibilidade de infiltração de partidários de grupos extremistas como o Estado Islâmico. Por enquanto, o Ocidente permanece impotente contra ataques futuros, correndo o risco de privar a população de certas liberdades individuais em prol de sua própria segurança. Um paradigma que pode ser difícil aceitar.

Contudo, há pessoas que morrem todos os dias no mundo, muitas vezes em formas de massacres parecidos como estes que ocorreram na capital francesa, mas que, no entanto, não há tanto impacto midiático. Esta divulgação que estes terroristas tanto buscam.Este bombardeamento midiático não trará o reconforto das famílias das 127 vítimas em Paris, e nem mesmo a sensação de segurança da população francesa, mas pelo contrário, só fará com que as coisas piorem.